Na volta para casa
as pessoas no metrô,
ruidosas,
são gargalhadas, histórias, músicas, memórias...
A mim,
apraz o silêncio.
Essa rotina –
sair de onde se está e não se quer;
chegar onde se quer e não se está ou não se é;
e vice-versa
– essa rotina
é de triturar ossos,
derreter músculos,
descolar retinas
do aqui-agora
(que é certo: vai embora)
para um porvir querido, suposto,
mas que,
pés no chão,
é também desgosto.
Segue pelo mesmo trilho
apenas em sentido oposto.
Raphael Negrão
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