Nasceu de minhas entranhas
um bicho feio, estranho demais.
Mas gosto dele, do seu cheiro,
dos barulhos que ele faz.
Vê-lo é sentir os pés, nus,
espalmados no chão;
É ter mais estrelas que calos
nas palmas das mãos;
É encher o meu peito
como colorido balão.
Depois cair
feito chumbo
na tenaz solidão.
Raphael Negrão
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